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Como a alta do cobre impacta o preço dos cabos 📈

Por que todo mundo está falando do preço do cobre?


O cobre é um dos metais mais importantes para condução de corrente elétrica do mundo. está em tudo que depende de transmissão de energia. Por isso, o valor do cobre é definido em grandes bolsas internacionais, como a London Metal Exchange (LME), que serve de referência global para contratos e negociações.


No Brasil, fabricantes e distribuidores acompanham diariamente essas cotações em dólar para formar o preço de fios e cabos. Plataformas especializadas mostram, por exemplo, o valor do cobre em dólar por tonelada e a cotação do câmbio, justamente para ajudar a calcular custos.


O que está acontecendo com o cobre em 2025?


preço cobre 2025

Ao longo de 2025, o cobre vem passando por uma forte valorização, puxada principalmente por:

  • Oferta menor que a demanda (problemas em grandes minas em países como México, Chile, Indonésia e Congo).

  • Estoque baixo mundial, em níveis historicamente reduzidos.

  • Aumento da demanda ligada à transição energética (carros elétricos, energia solar/eólica, infraestrutura para data centers e IA).


Segundo dados da plataforma Trading Economics, em início de dezembro de 2025, o cobre é negociado em torno de US$ 5,3–5,4 por libra (lb) e está cerca de 27–28% mais caro do que no mesmo período do ano anterior.


Notícias recentes de agências internacionais mostram o mesmo cenário:

  • A Reuters e o Wall Street Journal relatam que o cobre na LME já superou US$ 11.600 por tonelada, renovando recordes históricos em 2025 e acumulando alta de mais de 30% no ano, com estoques abaixo de 100 mil toneladas.

Ou seja: o cobre está caro, com volatilidade alta e estoques apertados. Isso afeta diretamente o custo de produção de cabos elétricos.


Como a alta do cobre impacta o preço dos cabos?


Um cabo elétrico é formado basicamente por:

  • Condutor de cobre (parte metálica que realmente conduz a corrente elétrica);

  • Isolação (normalmente PVC ou outro composto polimérico);

  • Eventuais camadas adicionais (cobertura, enchimentos).


O cobre é um dos componentes mais caros da estrutura do cabo — e seu preço é atrelado à cotação internacional (como a da LME) convertida pelo dólar do dia.


Por isso, quando o cobre sobe:

  1. O custo de matéria-prima aumenta para os fabricantes de cabos;

  2. Os preços finais tendem a ser reajustados, especialmente em contratos de longo prazo ou grandes volumes;

  3. Alguns players de mercado podem ser tentados a “compensar” a alta reduzindo a quantidade de cobre (bitola real menor do que a declarada) ou usando insumos de qualidade inferior — o que coloca em risco segurança e desempenho.


Normas como a ABNT NBR 5410 e normas de cabos (NBR 9117, NBR 13248, etc.) definem critérios de dimensionamento, seções nominais e requisitos mínimos de desempenho, justamente para evitar esse tipo de atalho perigoso.


Resumo: com o cobre em alta, fica ainda mais importante trabalhar com fabricantes que respeitem normas, mantenham a bitola real e utilizem cobre de qualidade — mesmo em um cenário de pressão por preço.


Onde entram os cabos 105 °C nessa história?


Além da discussão sobre custo, há um movimento claro no mercado: cada vez mais empresas e profissionais têm optado por cabos com isolação para 105 °C em aplicações específicas.


A norma ABNT NBR 9117 trata justamente de condutores flexíveis ou não, isolados em PVC para 105 °C e tensões até 750 V, utilizados em ligações internas de aparelhos, painéis, motores e aplicações sujeitas a temperaturas mais elevadas.


Fabricantes de cabos 105 °C informam, em geral, as seguintes características típicas:

  • Condutor de cobre eletrolítico (nu ou estanhado), classe de encordoamento flexível;

  • Isolação de PVC especial para 105 °C;

  • Temperatura máxima do condutor:

    • 105 °C em regime permanente;


Esses cabos são amplamente indicados para:

  • Ligações internas de aparelhos eletrodomésticos (fornos, fogões, micro-ondas);

  • Painéis elétricos, quadros de comando e chicotes que trabalham em ambiente quente ou com grande densidade de cabos;

  • Aplicações industriais sujeitas a condições severas de serviço (temperaturas elevadas, pouco espaço para dissipação de calor).


Comparando 70 °C x 105 °C: o que muda, na prática?


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Em muitas instalações prediais e residenciais, o padrão mais comum ainda são cabos com isolação para 70 °C, dimensionados conforme a NBR NM 247-3 e guias de fabricante.


Já os cabos 105 °C são pensados para situações em que:

  • A temperatura ambiente é maior;

  • O equipamento em si gera calor interno (fornos, motores, transformadores);

  • Há alta concentração de cabos em espaço reduzido (painéis compactos, chicotes, máquinas).


De forma geral, as principais vantagens práticas dos cabos 105 °C são:

  1. Maior resistência térmica: o isolamento foi projetado para suportar temperaturas mais altas sem perder suas propriedades elétricas e mecânicas.

  2. Maior segurança em sobrecargas ocasionais: como o cabo aceita um aquecimento maior por projeto, há uma margem extra para situações de esforço térmico temporário, desde que o dimensionamento seja feito corretamente.

  3. Vida útil potencialmente mais longa em ambientes quentes, onde um cabo de 70 °C poderia ficar trabalhando constantemente no limite da sua capacidade térmica.


É importante destacar que a escolha entre 70 °C e 105 °C deve seguir as normas de instalação (como a NBR 5410) e catálogos dos fabricantes, que trazem tabelas de capacidade de corrente conforme temperatura e forma de instalação.


Por que a alta do cobre está empurrando o mercado para soluções premium?


À primeira vista, pode parecer contraditório: se o cobre está caro, por que alguém pagaria mais em um cabo com especificação superior?


Na prática, o que muitos projetistas, indústrias e integradores têm percebido é que:

  • Trocas e manutenções são caras (parada de máquina, retrabalho, risco de dano a equipamentos);

  • Falhas por aquecimento, dimensionamento errado ou uso de cabo de baixa qualidade podem comprometer toda a instalação;

  • Em linhas de produção, painéis e equipamentos críticos, a confiabilidade do cabo conta mais do que a economia de alguns reais por metro.


Por isso, em vez de buscar simplesmente “o cabo mais barato”, muitas empresas têm optado por:

  • Cabos 105 °C em ambientes severos ou equipamentos que esquentam;

  • Marcas que comprovam conformidade com NBR, INMETRO e normas internacionais, garantindo a bitola real e uso de cobre eletrolítico adequado.


No cenário atual, em que o cobre está valorizado e há muita pressão por custo, a escolha por cabos de qualidade vira uma forma de proteger o investimento e reduzir o risco de problemas futuros.


Onde a ALLCAB se posiciona nesse contexto


No mercado brasileiro, fabricantes como a ALLCAB oferecem linhas específicas de cabos para aplicações de 105 °C, atendendo às normas técnicas e ao perfil de uso mais exigente.

Exemplo disso é o Cabo ALLFLEX 105 °C 750 V NBR 9117, que utiliza:

  • Cobre eletrolítico nu ou estanhado, têmpera mole, em condutor flexível;

  • Isolação em PVC-E 105 °C, livre de metais pesados;

  • Gravação em alto-relevo ou a tinta conforme norma, facilitando rastreabilidade e identificação.


Outro exemplo é o cabo PP 105 °C, voltado à ligação de aparelhos eletrodomésticos em que a temperatura local pode atingir 105 °C, como fogões e micro-ondas.


Esse tipo de portfólio permite que projetistas, instaladores e indústrias:

  • Especifiquem cabos adequados às condições reais de operação;

  • Mantenham conformidade com normas e boas práticas de segurança;

  • Evitem soluções de baixa qualidade que possam ter menos cobre ou isolação abaixo do necessário.


Conclusão: em época de cobre caro, qualidade deixa de ser opcional


A alta do cobre em 2025 não é apenas um gráfico bonito em sites de mercado: ela impacta diretamente o custo e a qualidade dos cabos elétricos usados no dia a dia.


Enquanto alguns tentam “compensar” essa alta com produtos mais baratos e potencialmente fora de norma, cresce o movimento de empresas que entendem que:

  • Cabo elétrico é peça crítica de segurança;

  • Investir em cabos de qualidade, com cobre adequado e isolação 105 °C onde for necessário, é mais barato do que lidar com falhas, paradas e riscos de incêndio.


Para quem especifica, compra ou instala, a mensagem é clara:

acompanhar o preço do cobre é importante — mas

escolher bem o cabo e o fabricante é ainda mais.

 


FONTES 


London Metal Exchange (LME) – referência global de preços de cobre.

 Trading Economics – Copper – dados de preço do cobre em 2025 e variação em 12 meses.

 Investing.com – Cobre Futuros – cotação atual e variação em 52 semanas.

 Shock Metais – Acompanhamento da LME e Dólar – tabela diária de cobre em US$/t e dólar para o mercado brasileiro.

 Westmetall – LME Copper cash-settlement – histórico de preços e estoques de cobre na LME.

 Reuters, WSJ e outros veículos internacionais – notícias sobre recordes de preço, estoques baixos e tensões de oferta de cobre em 2025.

 ABNT NBR 5410 e guias de dimensionamento de cabos de baixa tensão – critérios de dimensionamento e temperatura de operação.

 ABNT NBR 9117 e catálogos de fabricantes de cabos 105 °C – características de cabos para 105 °C e aplicações (RCM, Tramaflex, Condvolt, BC Cabos, Cobremack).

 ALLCAB – Catálogo de cabos 105 °C – Cabo ALLFLEX 105 °C 750 V NBR 9117 e Cabo PP 105 °C para eletrodomésticos.

 
 
 

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